São Paulo - Com crise mundial, País tem grande chance para alavancar a indústria interna, mas carece de capital intelectual para acelerar esse processo.
Por Rodrigo Afonso, repórter do COMPUTERWORLD
09 de abril de 2009 - 18h50
Com a crise e os recentes acontecimentos no mercado mundial, uma nova ordem desenhou-se no setor de tecnologia da informação: as empresas norte-americanas continuam preocupando-se em manter nos EUA apenas os empregos de ponta, mas a Índia perdeu credibilidade para receber vagas de profissionais menos qualificados. Com isso, o Brasil passou a apresentar-se como uma opção mais equilibrada para preencher os diversos tipos de oportunidades.
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Segundo Pedro Bicudo, analista da TGT Consult, o que pode atrapalhar uma maior atuação brasileira no setor é a falta de profissionais do topo da pirâmide - os mestres e doutores em tecnologia. A quantidade de pessoas com esse tipo de perfil no País é muito pequena se comparada aos números de Índia, China, países da Europa e Estados Unidos.
De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes), do Ministério da Educação e Cultura (MEC), em 2002 o número de mestres e doutores em tecnologia formados no País era de 6.894. Em 2005, esse total subiu para quase 9 mil pessoas, colocando o Brasil em 17º lugar no ranking mundial. Até 2010, a meta da Capes é de que o Brasil forme 16 mil mestres e doutores anualmente.
Bicudo justifica essa carência dizendo que o Brasil tem uma grande massa de mão-de-obra trabalhando diretamente em desenvolvimento de sistemas, não apenas codificando. mas afirma que o País precisa de profissionais de ponta para gerar conteúdo intelectual. “O potencial é muito grande. Para comprová-lo, basta acompanhar o trabalho das comunidades de software livre. O problema é que só geramos conteúdo gratuito”, lamenta.
Com mestres e doutores, o País se qualifica também para receber e até inaugurar seus próprios centros de desenvolvimento de alto rendimento, como aqueles que as grandes multinacionais mantêm nos países desenvolvidos, como a Microsoft e a IBM nos EUA.
“Isso traria ainda mais equilíbrio para o mercado brasileiro de TI e qualificaria o Brasil para competir internacionalmente no mesmo patamar que os países desenvolvidos do setor”, aponta o analista.
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