quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Problemas para Convergir TV Digital e Computadores no Brasil


Esse é um dos assuntos mais discutido entre os meios de comunicação. A tão prometida convergência entre as duas mais fantásticas invenções do homem, a televisão e o computador, tem encontrado diversas barreiras na sua implantação. O primeiro problema vem junto com a primeira solução. A escolha entre os três padrões já existentes de TV Digital: o americano (ATSC), o europeu (DVB) ou o japonês (ISDB), fizeram o Brasil optar por um padrão nacional, respeitando as características e necessidades brasileiras. O enfoque nas tecnologias nacionais e a compreensão de aspectos sociais facilitariam a implantação do sistema.

O desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) foi dividido em quatro sub-áreas: Camada Física; Transporte; Compressão e Redes; Middleware; Serviços, aplicações e conteúdo. Eles devem facilitar o estudo e o desenvolvimento do sistema como um todo, porém existem algumas questões que podem dificultar o processo, essas estão listadas a seguir:

1. O primeiro questionamento é sobre quem vai pagar a conta da implantação da TV Digital no Brasil? Os investimentos destinados à substituição de transmissores, antenas e equipamentos de gravação e edição bem como recursos técnicos e de produção, que deverão chegar à U$ 1,7 bilhões em dez anos.

2. A opção do governo em um sistema nacional, para evitar a dependência com o pagamento de royalties e licenças, permitindo o desenvolvimento da indústria tecnológica nacional de pesquisa e desenvolvimento voltados para a fabricação de equipamentos e prestação de serviços técnicos. Com isso, o custo da TV digital será pago pelos usuários. São mais de 60 milhões de aparelhos de televisão que deverão ser substituídos ou adaptados com unidades conversoras (Set Top Box), para compatibilizar a recepção digital com aparelhos analógicos. Entretanto, a maior parte da sociedade brasileira não está em condições financeiras de adotar a transferência, e ficaria um tempo distante da nova tecnologia.

3. Os principais objetivos da TV Digital Brasileira são que ela seja aberta, livre e gratuita para o usuário final na modalidade exclusiva de radiodifusão. Deve oferecer interatividade ao menor custo de produção de equipamentos, programas e serviços. E deve permitir a pluralidade nos conteúdos das programações. A análise é fundamentada numa simples constatação: com a chegada da TV Digital ao Brasil, cada emissora de TV aberta do país terá que duplicar triplicar ou até mesmo quadruplicar sua produção, já que poderá transmitir sua programação em três ou quatro diferentes canais de qualidade digital. É exatamente este ponto que merece ser debatido e analisado pela sociedade e pelo governo. Afinal, que conteúdo será produzido? Por quem? As emissoras de hoje têm competência e condições favoráveis para a produção de um material em larga escala? Com certeza, não. Precisaremos, portanto, do governo e da sociedade, para desenvolver uma política de conteúdo para a TV Digital.

4. A digitalização da TV é um processo caro. Além disso, ela também requer investimentos na qualificação técnica dos profissionais da área. Mas pelo que temos visto a televisão brasileira de hoje está em uma profunda crise financeira. Sendo assim, como as emissoras poderão investir nesta era digital? A plataforma televisiva brasileira também apresenta outros problemas que vão desde a concentração de produção e de mão-de-obra qualificada até ao monopólio de investimentos: A criação e produção de conteúdo estão centralizadas no sudeste, mas especificamente no eixo Rio - São Paulo; cerca de 75% dos recursos e investimentos aplicados na área de TV estão nas mãos de uma única empresa; grande parte da mão-de-obra qualificada do setor trabalha para uma só organização; e ainda há uma queda gradativa da audiência nacional.

5. Há outro problema, do nosso ponto de vista, muito mais difícil de ser resolvido. Refere-se ao uso final dessa nova tecnologia. Como incluir digitalmente uma pessoa que sequer sabe regular o horário do videocassete? Pesquisas recentes mostram que o número de pessoas analfabetas e semi-analfabetas ainda é estarrecedor. Que interesse essas pessoas podem ter na internet? A não ser que elas possam aprender não só a ler e a escrever, mas também a resolver problemas enfrentados no dia-a-dia usando a TV interativa, a resposta é nenhum. Como se isso não bastasse, pesquisa publicada pela revista inglesa The Economist em 11 de abril do ano passado mostrou que o público inglês considera a TV interativa o quarto dispositivo mais difícil de operar.

6. De acordo com o governo, a TV digital brasileira seria aberta e gratuita e dispensaria a troca dos aparelhos analógicos, devendo o usuário adquirir, por cerca de R$ 150, um conversor que também permitiria o acesso à internet. Durante o período de implantação, que poderia se estender por até quinze anos, as TVs convencionais, sem conversor, continuariam recebendo a transmissão analógica. O Brasil quer agregar a interatividade, boa recepção de imagem, a alta definição, o acesso à internet, o baixo custo e permitir, a partir de um sistema flexível, inovações futuras como a mobilidade e a portabilidade. Na TV analógica, se a imagem fica ruim, ela pega de qualquer jeito. Mas o fato de haver uma antena interna remete à necessidade de robustez. E o sinal não pode ficar caindo desse jeito. Outro aspecto fundamental é que o Brasil não tem interesse em implementar uma TV Digital só para termos um som melhor ou uma imagem mais bonita. O objetivo é não aumentar o fosso social já existente e o canal de retorno da TV Digital possibilita o acesso da população à internet por intermédio de um conversor. O poder aquisitivo do brasileiro é pequeno e ele não poderia comprar um aparelho digital imediatamente, mas sim um conversor . "Isso possibilitaria a inclusão digital, pois daria para ele plugar um teclado e acessar a internet, usando a TV como monitor." Palavras do ministro das Comunicações, Miro Teixeira.

A FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos - divulgou, recentemente, a lista de instituições qualificadas a apresentar projetos para o desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital. Entre 90 propostas, recebidas em resposta ao edital lançado em maio de 2004, 79 foram aprovadas, superando as expectativas. Nesta fase, os candidatos tiveram somente que provarem estar aptos a realizar os projetos. Trata-se do primeiro passo do programa para construção do SBTVD, realizado em conjunto pela FINEP e os Ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologia. No total, serão liberados R$ 50 milhões para a área, recursos oriundos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações - Funttel. Na próxima etapa, a FINEP lançará cartas-convite nas quais estarão expostas as necessidades do setor. Caberá, então, às instituições qualificadas apresentar projetos que solucionem os problemas, dentre os quais os seis primeiros temas definidos como prioritários: transmissão e recepção, codificação de canal e modulação; camada de transporte; camada de interatividade; codificação de sinais fonte; middleware; serviços, aplicações e conteúdo.

Autores: Mauricio Lyra e Uedson Reis

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O que é e como funciona a TV Digital?


Qualquer pessoa que conheça um pouco os hábitos brasileiros sabe o quanto a televisão é importante para as famílias no Brasil. Tanto que um televisor é considerado pela justiça brasileira como um bem de família, indispensável, comparado à geladeira e ao fogão. Desconsiderando a qualidade dos programas oferecidos, esse é um hábito que já criou raízes na cultura do país. Neste contexto, hoje se vislumbra a possibilidade de, sem fugir desse hábito, selecionar melhor o conteúdo de que se vê. A TV digital já está presente, embora ainda cara, na realidade brasileira. Mas como toda tecnologia, tende à popularização, com a queda dos preços e acesso a maior número de pessoas.

A TV digital consiste em modulação e compressão digital para enviar vídeo, áudio e sinais de dados aos aparelhos compatíveis com essa tecnologia, proporcionando assim transmissão e recepção de maior quantidade de conteúdo por uma mesma freqüência (canal).

As principais diferenças, e mais significativas em relação à TV analógica, são:
  • Resolução da imagem - Um monitor analógico de boa qualidade atualmente apresenta entre 525 e 625 linhas. Na televisão digital de alta definição, chega-se a 1080 linhas.
  • Novo formato da imagem - A tela dos monitores digital passará do formato 4:3, típico da TV analógica, para o formato 16:9, mais próximo do formato panorâmico de uma tela de cinema, ou de um campo de futebol.
  • Qualidade do som - A televisão iniciou com som mono (um canal de áudio), evoluiu para o estéreo (dois canais, esquerdo e direito). Com a TV digital, passará para seis canais (padrão utilizado pelos mais sofisticados equipamentos de som e home-theaters).

Mas o recurso mais importante mesmo é a INTERATIVIDADE. Ela poderá ser:
  • Local – Com o conteúdo transmitido para o receptor de uma só vez, e o usuário interagindo livremente com os dados que ficam armazenados no seu receptor. Novas informações serão recebidas apenas quando for solicitada uma atualização ou acessada uma nova área do serviço.
  • Com Canal de Retorno Não-Dedicado - A interatividade é estabelecida a partir da troca de informações por uma rede à parte do sistema de televisão, como uma linha telefônica. O recebimento das informações ocorre via ar, mas o retorno à central de transmissão se dá pelo telefone.
  • Com Canal de Retorno Dedicado - Através das redes de banda larga, pode ser desenvolvido um meio específico para operar como canal de retorno. Para isso, o usuário necessitaria de antenas receptoras e também de antenas transmissoras, e de um sistema capaz de transportar o sinal até a central de transmissão.

Quanto a Acessibilidade é relevante:
  • Facilidades para Gravação de Programas - A introdução de sinais codificados de início e fim de programas facilitará o acionamento automático de videocassetes ou gravadores digitais do usuário.
  • Gravadores Digitais Incluídos nos Receptores ou Conversores - Alguns modelos de aparelhos receptores ou mesmo os conversores poderão incorporar gravadores digitais de alto desempenho (semelhantes aos discos rigidos utilizados nos computadores) que poderão armazenar muitas horas de gravação e permitir que o usuário escolha a hora de assistir o programa que desejar.
  • Múltiplas Emissões de Programas - A transmissão de um mesmo programa em horários descontínuos (um filme, por exemplo, iniciando de 15 em 15 minutos) em diversos canais permitirá que o usuário tenha diversas oportunidades para assistir ao programa desejado a um horário escolhido.

Em relação a Recepção é interessante frisar:
  • Otimização da Cobertura - A tecnologia digital possibilita flexibilidade para ajustar os parâmetros de de acordo com as características geográficas locais. Em áreas acidentadas ou com muitos obstáculos (grandes cidades com muitos edifícios, por exemplo) pode ser utilizado o recurso da transmissão hierárquica. Com este recurso, um programa pode ser transmitido (com sinal menos robusto) de modo a ser recebido em locais mais favoráveis, através de antenas externas, por exemplo, enquanto outro programa ou o mesmo programa do mesmo canal é transmitido (com sinal mais robusto) com uma menor resolução de imagem para recepção em todos os pontos da área de prestação do serviço. Isto permite que terminais portáteis ou móveis (instalados em veículos) possam receber sem problemas as transmissões.

HDTV - High Definition Television (HDTV)

Este padrão prioriza a nitidez e qualidade da imagem em detrimento do número máximo de canais a serem transportados em uma mesma freqüência. Atualmente, a resolução HDTV encontra resistência em avançar no mundo, sendo o alto custo da solução um dos principais obstáculos. O HDTV é atualmente utilizado em algumas grandes cidades localizadas em partes dos Estados Unidos, do Japão e de algumas regiões da Europa (para quem dispõe de uma TV com esta tecnologia).

Isso cria campo para uma nova perspectiva: Em vez de selecionarmos nós mesmos os programas que a TV oferece, e interagirmos com eles, podemos deixar que um agente o faça em nosso lugar, sob encomenda, para que possamos ver especificamente o que nos interessa, sem perdermos tempo com a busca, e no horário que nos convém.

É o sistema vídeo sob demanda (VoD – Vídeo-on-Demand), que consiste de um conjunto de equipamentos e de software que permitem ao usuário, por intermédio de uma interface instalada em um aparelho de televisão ou computador pessoal, enviar comandos a um equipamento servidor de vídeo, localizado nas instalações de uma empresa provedora do serviço, para estabelecer a programação que deseja assistir.

Isso fará com que cada telespectador passe a ter a programação que deseja, no horário mais adequado à sua rotina de vida e ainda possa interagir com essa programação da forma que lhe convier.

Autores: Mauricio Lyra e Uedson Reis

domingo, 9 de novembro de 2008

Novas tendências na WEB


Alguns serviços na web já estão tentando aplicar os conceitos da web semântica. Sites de compartilhamento de conteúdo, como Flickr e Del.icio.us, e webmails, como Gmail, permitem que seus usuários atribuam semântica ao seus conteúdos através de uma tag (ou rótulo). O usuário atribui uma ou mais tags ao conteúdo facilitando o seu armazenamento e a sua recuperação , essa estrutura é denominada de Folksonomia.

A palavra Folksonomia é a união das palavras “folk” (povo, gente) e “taxonomia” (classificação, categorização). O termo taxonomia descreve o estudo de classificação das coisas. Este termo é utilizado em diversas áreas do conhecimento, como biologia e antropologia. Os cientistas, por exemplo, classificaram o ser humano, de acordo a algumas identificações, dentro da categoria chamada homo sapiens. O significado de Folksonomia seria “classificação do povo”. Mas não a classificação de pessoas em si, e sim a classificação feita por pessoas.

A idéia, por traz da Folksonomia, é que o usuário classifique melhor seus dados viabilizando uma melhor eficiência no armazenamento e na recuperação desses dados de ante a ação de motores de busca.

Outro serviço web que esta utilizando o conceito de folksonomia é o Google Notas. Nessa ferramenta web o usuário pode armazenar informações de pesquisas feitas na web, como parte de um texto e o link de onde aquele texto foi retirado. Os conteúdos armazenados podem ser arrumados em categorias ou dentro de tópicos definidos pelo usuário, que também podem definir tags para os conteúdos, denominadas na ferramenta como labels. Uma das formas de localização disponibilizada pela ferramenta é uma lista com todas as tags utilizadas pelo usuário, onde o mesmo pode clicar na tag que desejar e terá como retorno todos os conteúdos rotulados com esta tag.

Além dos serviços web o sistema operacional Windows Vista e os aplicativos que compõem o Office 2007, conjuntamente, fornecem uma estrutura baseada em folksonomia como uma das formas de armazenamento e recuperação de dados. Os aplicativos do Office como o Word, por exemplo, permitem que os usuários atribuam uma ou mais tags, chamadas na plataforma de marcas, aos arquivos. A estrutura de recuperação é fornecida pelo sistema operacional Windows Vista, que tem entre suas opções de busca as marcas atribuídas aos arquivos pelos aplicativos do Office.

sábado, 8 de novembro de 2008

Para quem é bom a responsabilidade Social?

 

A idéia de responsabilidade social fez emergir outros termos como a sustentabilidade que e vista com uma nova filosofia de vida para a humanidade no século XXI. Ou seria a sustentabilidade uma lucrativa estratégia de marketing para a ascendência da chama decadente do capitalismo moderno.

Com esta suposta facilidade, há cerca de seis meses recebo impressos de uma das administradoras de cartão de credito, um impresso sugerindo ou de modo ligeiramente apelativo que tenta convencer o cliente aderir a fatura por email. Notoriamente e louvável a idéia de Sustentabilidade matar uma arvore só para fazer o guia de programação ou emitir uma fatura é quase inaceitável.

Evitar a derrubada de árvores pode ser feito através da reciclagem, as faturas inclusive as da já citada administradora, se utiliza deste processo não por que seja mais barato. A reciclagem é uma filosofia digna de parabéns, muitas organizações espalham aos quatro ventos sua política de responsabilidade social. Faturas por email, papel reciclado e ações junto a pequenas comunidades e organizações não governamentais. No entanto pode-se perguntar o quanto isso é interessante para uma organização capitalista, organização esta que existe apenas para oferece um produto ou serviço em busca de lucro.

Analisando a estratégia da fatura por email pode-se chegar a algumas deduções do custo total em uma organização. Partindo do pré suposto que deixando de emitir as faturas reduz-se os custos com o papel, e com a tinta além dos custos com energia e máquinas manutenção e pessoas para operar as mesmas, além de outros custos agregados financeiramente falando e uma redução significativa.

Ainda deve-se considerar o contrato com a empresa brasileira de correios ou transportadoras para fazer os impressos chegarem até o cliente, apenas estes fatores representam cifras importantes para qualquer gestor financeiro.

Até aqui entendemos o lado lucrativo da organização vamos analisar o outro lado, o cliente em questão. Para aderir a tal facilidade o cliente deve ter acesso a rede mundial de computadores, embora o alcance digital esteja se popularizando a maioria das pessoas não possuem computador muito menos internet, que ainda em um artigo de luxo visto os preços exorbitantes por uma conexão “mixuruca”.  Além disto, é necessário ter uma impressora e claro ter tinta, e papel reciclado ou não. Material de informática cartuchos, equipamentos e etc., é relativamente caro para cerca de 70% da população de classe media no Brasil.

E tudo lindo e maravilho se não tão descarada a transferência de responsabilidade e principalmente de custo para o cliente, se não fosse tão lucrativa não seria bom, além da ótima repercussão na mídia, para que propaganda melhor. Enoja-me certas facilidades que de facilidades nada tem. Apenas modernizam a exploração do homem pelo Homem se utilizado de termos ou políticas que todos aprovam na atualidade.  Aparentemente todas estas ações promovidas por grandes corporações têm um lado benéfico para a população mais não se deixe enganar, se são boas para a polução são melhores e muito lucrativas para a quem se propõe a fazer, e um investimento no ativo da organização.

Conclui-se que as correntes ideológicas para defender tais ações são inegavelmente marqueteiras, valorizar e preferir produtos de organizações que simploriamente se dizem socialmente responsáveis é algo que deve ser analisado, pois tal slogan é visto pelo empresário como um diferencial de seus produtos onde a organização quer apenas esta inserida no contexto da contemporaneidade ou terão seus dias contados.       

 

Referências:

http://www.habitatbrasil.org.br/

http://www.bancoreal.com.br/index_internas.htm?stUrl=/default.aspx 

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Desenvolvimento Sustentável

Não é bom apenas para o futuro de seus filhos, é bom para o seu presente também

Desde a Revolução Industrial, a busca pelo desenvolvimento financeiro e tecnológico iniciou a exploração dos recursos naturais no nosso planeta. Desmatamento das florestas para fabricar moveis, papel, ferramentas, entre outros; exploração de minérios e pedras preciosas; extração, transformação e consumo de petróleo como fonte principal de energia. Tudo isso foi fator preponderante para aumentarmos a poluição em nosso planeta, diminuirmos os recursos naturais e a capacidade da natureza renovar suas fontes principais, como a água e a mata atlântica.

A diminuição do filtro natural da terra para a energia Solar, e o aumento, exagerado, da emissão de gases poluentes, principalmente o Gás Carbônico (CO2), na atmosfera fez surgir um efeito denominado de “Efeito Estufa”. O efeito estufa age como um bloqueio a saída das ondas de calor, provenientes do Sol, do nosso planeta para o espaço, fazendo com que essa energia se concentre aqui, aumentando a temperatura de nosso planeta.

Os efeitos para esse aumento caso ele continue serão o derretimento das calotas polares aumentando o nível de água nos oceanos, podendo inundar, ou ainda fazer desaparecer algumas cidades litorâneas, como Veneza e Salvador. Também ocasionam o aumento de fenômenos naturais desastrosos, como furacões, maremotos, tempestades, tsunami, entre outros.

Diante desse contexto surgiu o termo Desenvolvimento Sustentável. Este conceito defende o desenvolvimento, tecnologico, social, ou financeiro, sem comprometer o meio ambiente e os seus recursos naturais, para que nós continuemos tendo uma boa qualidade de vida e também as nossas gerações futuras.

O texto abaixo foi extraído do website de um banco brasileiro que vem divulgando a Sustentabilidade e associando sua marca a ela, através de suas campanhas publicitárias.

 

“Para que serve uma empresa? Basicamente, para prestar um serviço à sociedade, contribuindo para o seu desenvolvimento. O lucro é uma conseqüência disso e também um sinal de que a empresa está fazendo um bom trabalho.

A questão que importa para nós, do Banco Real, é a maneira pela qual isso é feito. Como qualquer empresa, nós também perseguimos o lucro, mas temos algo muito claro nesse processo: queremos lucro como resultado de um jeito certo de trabalhar.

Temos consciência de que nosso negócio é um agente fundamental de desenvolvimento econômico. Sabemos que temos um importante papel a desempenhar na construção de um mundo mais sustentável.

Como os negócios em geral precisam da intermediação de um banco para serem colocados em prática, aproveitamos essa oportunidade para colocar em prática aquilo em que acreditamos. Assim, podemos contribuir para disseminar uma nova ética de negócios, que considere o meio ambiente e o desenvolvimento de toda a sociedade.

Para atingir esse objetivo, temos lançado um novo olhar para as nossas atividades. Em todas as nossas decisões, buscamos o lucro como resultado de uma relação que respeite a sociedade e o meio ambiente.”

Fonte: http://www.bancoreal.com.br/index_internas.htm?stUrl=/oqueesustentabilidade/Sustentabilidade%20Para%20Nos/Apresentacao.aspx

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O que é a Web Semântica?

O número de pessoas utilizando a web esta aumentando exponencialmente, porém o conteúdo da maioria das páginas continua seguindo o contexto inicial de disponibilizar informação apenas para humanos. Por este motivo a maioria dos motores de busca, nem sempre retornam resultados satisfatórios. Já que não podem entender a informação, esses agentes lógicos fazem a indexação das páginas e seus conteúdos por meio de palavras-chave e a busca não leva em consideração o sentido e sim a sintática das palavras-chave.

Uma busca feita na web como exemplo, onde o usuário está procurando por novos modelos de camisa, mais precisamente mangas de camisa. Utilizando a palavra-chave “manga” na busca, vários sites citando a fruta “manga” foram retornados, e também outros citando as revistas japonesas, os “mangás”. Mesmo os vários sites que citam “mangas de camisa”, não tiveram necessariamente o contexto desejado, que é “novos modelos de manga de camisa”, e ainda assim foram difíceis de serem localizados, no meio das inúmeras paginas web retornadas.

Berners Lee, um dos mentores do conceito Web Semântica, a definiu, em seu artigo The Semantic Web, como a evolução da web 2.0, onde o conteúdo publicado nela tem significado bem definido, permitindo que computadores e seres humanos entendam-no e trabalhem em cooperação.

Esta abordagem seria capaz de solucionar os problemas citados acima, melhorando a eficiência e a eficácia dos motores de busca. Viabilizar a execução de tarefas na web, como agendamentos ou pesquisas, atualmente feita apenas pelos humanos, por intermédio de agentes lógicos também será uma das vantagens proporcionadas pela web semântica.

Para aqueles que queiram saber mais sobre o assunto o artigo publicado por Berners Lee, em 2001, The Semantic Web mostra alguns exemplos de tarefas que poderiam ser executadas por agentes lógicos na web semântica, além de aprofundar o assunto.